O leite materno é o melhor alimento, sem dúvida alguma, que uma mãe pode oferecer ao seu filho. Porém, o aleitamento materno nem sempre é uma tarefa fácil para muitas famílias.
E quando não é fácil, pode vir carregado de sentimentos de medo, angústia, frustração e culpa. Por que será que há tantos sentimentos atrás de um ato tão nutridor e de tanto amor?
As razões são inúmeras. Mas creio que a principal por trás de quase todos esses sentimentos é a culpa perante os outros ou a “falsa” sensação de fracasso. Digo “falsa” porque ser mãe é algo muito maior.
Sabemos dos inúmeros benefícios do leite materno. Realmente é o “tecido vivo” mais complexo que temos no corpo humano. Ele contém nutrientes, anticorpos, moléculas que atuam como hormônio, pré e pós bióticos, entre muitos outros componentes. É também uma forma de vínculo amoroso entre mãe e bebê que se inicia desde o nascimento na sala de parto.
A amamentação exclusiva durante os primeiros 6 meses de vida e complementada até os dois anos, ou mais, traz inúmeros benefícios para a mãe e o bebê. No bebê, é importante para a imunidade em formação além de proteger contra doenças gastrontestinais, respiratórias, prevenção da morte súbita do lactente, asma e obesidade. Na mãe, reduz incidência de câncer de ovário e mama, diminui risco de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial.
Mas o vínculo mãe-bebê não tem no aleitamento materno a sua única maneira de ser. A química entre mãe e filho e entre filho e pai já se inicia desde a fecundação e não para nunca de crescer ao longo de toda a vida de diversas formas.
O que eu estou querendo dizer é: não se julgue e procure apoio! Não carregue esse peso, num momento que já é de muitas inseguranças e fragilidades. Acompanhe de perto com o seu pediatra as dificuldades relacionadas à amamentação desde a saída da maternidade. Assim são realizadas adequações simples em relação à pega, horários de amamentação e rotina além de trabalhar outras questões mais complexas. O pediatra vai orientá-los na melhor maneira de realizar a nutrição, com apoio, empatia e sem julgamentos!