Estamos vivendo um momento crítico para todos como sociedade e também em níveis individuais. Hoje completamos um ano do dia em que a OMS declarou a contaminação do coronavírus como pandêmica (11/03/2020). O estresse diário por medo, morte de parentes e amigos próximos, incertezas financeiras, problemas de saúde, já viraram o pano de fundo da nossa rotina. E infelizmente ele acaba se tornando um estresse tóxico para todos.
Cada um na sua realidade, uns mais outros menos e cada um na sua capacidade de lidar com esse estresse. E as nossas crianças? Eles também estão imersos em tudo isso que está ocorrendo. Eles são como esponjas. Sentem tudo que está acontecendo ao seu redor, as incertezas, a ansiedade, o medo, a sobrecarga…. tudo!
Mas, peraí, sem desespero! Já sabemos como contornar isso. A ciência mostra que os relacionamentos próximos de suporte, responsivos e amorosos são capazes de reverter os danos causados pelo estresse tóxico. As crianças precisam de um ambiente onde possam se sentir seguros, protegidos e com alguma previsibilidade, ou seja, uma rotina. Precisam saber que o seu cuidador, sejam os pais, os avós, quem quer que cuide da criança estão presentes e darão o suporte necessário frente a uma adversidade.
O estresse tóxico não é a causa dos problemas futuros e sim a nossa capacidade de lidar ou não com esse estresse que gera os impactos na nossa saúde. Temos que ensinar para as nossas crianças as ferramentas que a permitirão lidar com as adversidades da vida. Porém, voltamos a um ponto fundamental, já comentados aqui diversas vezes: o cuidador tem que estar bem para cuidar bem! Alguém aí não aguenta mais??? Se você não está bem, procure ajuda profissional. Não é um sinal de fraqueza, e sim um sinal de força buscar ajuda. Nossas crianças dependem de nós! Somente assim, conseguiremos ensinar nossos filhos a construir sua caixinha de ferramentas.