Afinal, existe perigo em fazer os slimes, amoebas ou gelecas que as crianças tanto gostam de brincar? Os pediatras Dr. Carlos Augusto de Mello da Silva e Dr. Anthony Wong do departamento de Toxicologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, já alertavam para os riscos dos slimes caseiros no ano passado.
Segundo eles, os slimes não são seguros! O ácido bórico, usado nas receitas de slime, tanto na forma de cristais incolores, pó ou líquido (água boricada), pode irritar a pele e a via respiratória podendo levar a danos pulmonares dependendo do tempo de manuseio e a concentração utilizada! Os riscos podem ser desde dermatites até reações mais graves como queimaduras na pele e problemas oculares pelos vapores.
A cola escolar também tem os seus riscos se inalada, ingerida ou absorvida pelas mucosas do corpo por tempo prolongado. O Boráx, é usado em inseticidas, removedores de manchas e desodorantes. Ele provoca desde irritações na pele até queimaduras.
Quando ingerido ou absorvido repetidamente pela pele pode levar a problemas gastrointestinais, hipotermia danos nos rins e fígado (insuficiência renal e hepatotoxicidade). O Boráx é substância proibida pela Anvisa desde abril do ano passado, considerada como altamente tóxica. Os slimes podem ficar ainda mais tóxicos quando acrescidos de outros produtos para dar cheiro e “fofura” como amaciantes de roupa e produtos de limpeza.
O problema maior é que na maioria das vezes as crianças ficam horas na elaboração dos slimes e vários dias na semana. O que totaliza uma exposição frequente podendo levar a intoxicação progressiva.
Parece haver maior segurança nos slimes industrializados (com selo do Inmetro), pois apresentam proporções fixas e “seguras” dos compostos químicos. Porém, igualmente, não devem ficar em contato com a pele da criança o tempo todo.
Se a ideia é dar um UP na experiência sensorial, que tal levar a criançada para a cozinha para fazer um pão ou um bolo, deixando-a colocar a mão na massa sem riscos para a sua saúde!!! 😉😁