Já sabemos que a primeira infância é uma fase fundamental da vida para a construção de uma sociedade mentalmente saudável. Ela é considerada um dos ponto de partida do desenvolvimento da personalidade do adulto. Já falamos sobre isso aqui com a teoria do “serve and return” entre os pais/cuidadores e o bebê para o desenvolvimento da arquitetura cerebral. Hoje vamos olhar para isso através da teoria do apego…
A Teoria do apego do psicanalista e psiquiátra John Bowlby fala da importância da criação de um vínculo formado entre mães/cuidadores e seus bebês. Segundo a sua teoria: “acredita-se que o essencial para a saúde mental é que o bebê ou a criança pequena vivencie uma relação calorosa, íntima e contínua com sua mãe na qual ambas encontrem satisfação e prazer“. É característico do ser humano, nos aproximarmos de outras pessoas para criar vínculos que possam suprir necessidades básicas e emocionais, e assim acontece com os bebês, que nos primeiros meses de vida buscam esse vínculo por sobrevivência tanto física quanto emocional.
O que é importante para ocorrer esse apego? O bebê ou criança ter uma pessoa com quem criar esse vínculo seguro. Alguém que vai estar presente para as suas necessidades físicas e emocionais desde do início. Sendo estes pais/cuidadores:
- Emocional e fisicamente disponível de maneira consistente;
- Ter a sensibilidade para “ler” as necessidades da criança;
- Ser responsivo, no sentido de responder à criança de forma imediata e adequada;
- Entendimento empático às suas necessidades.
Ao longo do tempo, essa resposta do cuidador ajuda a “moldar” uma padrão de relação e de interação ao longo da vida da criança, a possibilitando de explorar um mundo totalmente novo. Ter um “porto seguro” para à quem recorrer, leva a criança a ter maiores chances de ser independente, construir relações duradouras e de confiança, possibilitando-a de ser mais bem sucedida na vida.
Vamos cuidar da primeira infância? É um período fundamental para as nossas crianças e para a nossa sociedade como um todo.